Projeto: A Paixão de Cristo (Parte II)

Olá, voltei para continuar a contar a história de Jesus, eu sei que você estava ansioso(a) para que chegasse a hora... Apenas dando uma repassada, ontem eu falei a vocês sobre algumas coisas que  introduziram os últimos dias de Jesus na terra, como a santa ceia, a traição, entre outros.

Jesus estava muito aflito com tudo que estava acontecendo, e como a única fonte de refúgio em tempos difíceis é a oração, Ele decidiu ir até o Monte das Oliveiras com  Pedro, Tiago e João, filhos de Zebedeu, para orar. Jesus disse para eles orarem para não serem tentados a trai-lo, nega-lo ou fingir que não faziam parte dos que o seguiam, mas enquanto Jesus se afastou um pouco para orar, eles acabaram dormindo. Eu achei aquilo um absurdo! Se Jesus escolheu eles para ir até aquele monte com Ele para orar, era porque eles eram os mais íntimos, e assim veriam a importância daquele momento, mas não foi o que aconteceu. Eu conseguia ver nos olhos de Jesus o quanto Ele estava aflito naquele dia, mas nós não entendíamos o que Ele queria nos dizer e mostrar, só sei que Ele via muito além daquilo que víamos.

De repente notei que uma multidão chegou ao lugar onde Jesus estava conversando com seus discípulos, isto, no Jardim do Getsêmani, tinha esquecido o nome, mas era estranho toda aquela agitação, até que Judas se aproximou de Jesus e deu um beijo em seu rosto. Achei muito legal aquilo, mas a face de Jesus mudou e eu o vi sussurrando algumas coisas para Judas, e foi então que percebi que Judas fazia parte da trama contra Jesus. Nunca fiquei tão chateado com alguém, como ele pode trair o Mestre, ninguém tinha nada contra Ele, pois Ele fazia tudo perfeito, tinha uma sabedoria inexplicável e era tão humilde que adorava servir a todos. Depois desta cena, os soldados que lá estavam o prenderam, mas Ele não reclamou, não se defendeu, Ele ficou calado. Os guardas bateram nele, o levaram até o Conselho Superior com a  acusação de estar atiçando o povo para fazer uma revolta, mas eles não achavam nada que o comprometesse.

Pedro fez aquilo que o Senhor disse, ele negou a Jesus. O medo consumiu de uma tal forma que ele agiu antes mesmo de pensar as consequências. No exato momento que o galo cantou, o olhar do Senhor Jesus se encontrou com o de Pedro, e Pedro sentiu um arrependimento profundo por ter  negado seus melhor amigo, àquele que o convidou para crescer, ser pescador de almas, Ele havia negado o homem com quem andou cerca de 3 anos. Jesus estava aflito, mas mostrava  paz, serenidade, pois Ele sabia que não havia cometido crime algum, mas sim que o Pai tinha preparado aquele momento para concretizar a nova aliança.

Ninguém conseguia achar coisa alguma contra Jesus, por isso, Ele foi levado por Pilatos até o povo, para que eles julgassem o que achavam que deveria acontecer com Jesus, e como era o período da Páscoa o costume de soltar um preso, a pedido do povo, estava valendo. Pilatos, os discípulos e eu achávamos que o povo pediria para soltar Jesus, mas fomos surpreendidos, pois o povo gritava euforicamente: "Crucifica! Crucifica! Solte Barrabás!. Vocês podem não acreditar, mas este mesmo povo que disse para matar Jesus, foi o povo que o seguia à procura de milagres, àqueles que Ele curava e ensinava sem esperar receber nada em troca, os cegos que agora viam, os leprosos que agora eram purificados, mortos que ressuscitaram, eram estes que jogavam a sentença de morte para Jesus.

Jesus recebeu a sentença da cruz, aquela que só os criminosos recebiam, colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça, uma capa de rei em seu corpo, debochando da Sua soberania, fizeram com que Simão, de Cirene, carregasse a Sua cruz até o monte da Caveira. A multidão seguia, mulheres choravam no meio da multidão, era um momento histórico na época, pois um homem inocente seria crucificado como um ladrão. Jesus em nenhum momento reclamava e pude ler em seus lábios Ele falando com Deus: "Pai, perdoa esta gente! Eles não sabem o que estão fazendo.". Como Ele pode pedir perdão por todos aqueles que o maltratavam, como teve tanta compaixão em um momento de tanto sofrimento?

Ao seu lado na cruz foram postos dois criminosos, e um deles insultava Jesus, enquanto outro o repreendia,  e para este Jesus disse: "Hoje você estará comigo no paraíso", eu fiquei pasmo pois como pode um ladrão ser perdoado e ir para os céus? Este é o poder de Deus, Ele perdoa aqueles que se arrependem de seus erros, mesmos que seja nos últimos minutos de vida. Já era quase meio-dia e o sol parou de brilhar, tudo ficou numa completa escuridão até as três horas tarde quando Jesus em seu último folego de vida gritou: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!". Já era tarde demais quando  todos viram que realmente Ele era inocente. Não conseguíamos entender o porquê de tudo isto, qual o significado. O que faríamos a partir de agora sem nosso Mestre? Sem àquele que nos ensinava sobre o melhor modo de se viver? Estava difícil de pensar em coisas boas, parecia que tudo voltaria a ser como era antes. Seria como se aquele momento nunca existisse. Muitos pensavam assim, outros queriam expandir as ideias deste grande e esplêndido pensador, passá-las as gerações futuras, mas ninguém sabia que o maior milagre ainda estava para acontecer. 

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